quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ansiedade

Olha o texto interssante que achei sobre ansiedade. Me identifiquei muito com ele.

Sensibilidade à Ansiedade: o medo do medo


Um fator comum nas pessoas que apresentam um Transtorno de Ansiedade (Pânico, Fobias, etc. ) é a Sensibilidade à Ansiedade (Anxiety Sensitivity, em inglês).
A Sensibilidade à Ansiedade é o medo dos sintomas decorrentes da ansiedade, assim como a crença de que esses sintomas possam produzir danos psicológicos, físicos ou sociais.
Geralmente estes medos agrupam-se em três dimensões:
1) medo dos sintomas físicos (taquicardia, tontura, mãos úmidas, etc)
2) medo de descontrole mental
3) medo que os sintomas possam ser vistos pelos outros
Pesquisas apontam que as pessoas que apresentam índices altos em testes de Sensibilidade à Ansiedade terão uma probabilidade maior de vir a desenvolver um Transtorno de Ansiedade. Ou seja, a Sensibilidade a Ansiedade pode preparar o terreno para algumas pessoas desenvolverem um Transtorno de Ansiedade.
Este traço de Sensibilidade à Ansiedade parece ser desenvolvido ao longo da vida, através de algumas experiências como:
(1) experiências pessoais difíceis como doença, acidente ou perdas
(2) contato com o sofrimento de outras pessoas, que adoeceram ou morreram, por exemplo.
(3) contato com pessoas próximas que tinham medo das sensações corporais, medo de ficar doente, etc.
(4) ter sido criado por pais que apresentavam excessivo cuidado, com ansiedade e superproteção relacionados ao bem estar físico.
É importante ajudar a pessoa a ir superando este medo das reações de ansiedade, aumentando a tolerância ao que sente e aumentando a confiança em si mesma.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fome Zero


Passei bem esta semana, com muita irritação, cansaço, um pouco de falta de ar, mas sabia que tudo isso passaria e está realmente passando. Estou bem melhor, hoje. Por isso nem tinha passado aqui para relatos, não estava afim de falar com ninguém, nem de escrever, sem maiores expressões.
Passei o feriadão de páscoa dormindo e respirando bastante, contendo as palpitações e a falta de ar. Hoje é terça-feira e estou bem melhor. Ontem estava péssima, com cólicas horrendas, dores abdominais, sem apetite, corpo mole e quente. Será que foi uma virose? Não sei, pode ter sido pois hoje acordei bem melhor!
Mas o que eu queria deixar claro aqui, hoje, é que estou sem fome. Minha fome reduziu muuiiiitooo, mesmo. Não sei se é devido ao desmame do Lexapro (estou tomando em dias alternados). Um exemplo: ganhei dois ovos de páscoa e normalmente já teria devorado os dois, mas não. Estes desprezíveis ovos estão ainda em casa. Já abri os dois, mas não comi nem a metade de cada um. Isso é muito novo para mim, mas me deixa satisfeita, aquela compulsão alimentar já estava me incomodando muito.
Agora, antes de escrever, estava pensando em como estava a minha fome há duas semanas atrás, compulsiva. Queria comer tudo e a toda hora. Comer era acolhedor, satisfatório e muito prazeroso. Comer, comer e comer. Comer ao invés de pensar. Será essa a ação do medicamento? Tipo, coma e não pense, logo não pensando não tenha crises de pânico! Hehehehe... Brincadeirinha!! Mas estava demais!! Eu saia para almoçar ao meio dia, comia por volta das 12h30, voltava ao trabalho às 13h50 e ficava de olho no relógio, contando os minutos para dar 15h e fazer um lanche, isso quando eu decidi fazer a dieta e impus horários para a minha alimentação. Pois antes de tomar esta atitude, eu chegava às 13h50 do almoço, comia às 14h, depois às 14h30 e daí por diante até não ter mais o que comer... Ainda bem que estou sem fome, é tão bom!
Hoje fui almoçar às 12h20, voltei do almoço às 13h50, já são 16h08 e não comi nada nem estou com fome. Mas vou descer agora e pegar uma salada de frutas para não desnutrir! Hihihihi...
Bem, para finalizar, hoje tenho consulta médica, vou relatar minha semana para a doutora e acho que ela aumentará os espaços da medicação. Acredito que passarei a tomar de dois em dois dias. Como ficarei?? Veremos. Vou relatando.

Até!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma semana de desmame


Hoje faz uma semana que iniciei o desmame do Lexapro. Foi uma semana difícil, mas pensei que fosse pior. Então está tudo certo, vamos continuar.
Hoje é terça-feira. Na noite de domingo para segunda tive vários pesadelos, mas não consigo lembrar detalhadamente deles. Acordei com uma angustiazinha na segunda-feira e fiquei respirando fundo para controlá-la durante todo o dia. Como sempre, trabalhei, fiz compras no horário de almoço, à noite fui à academia e dormi na casa do meu namorado.
Estava exausta e adormeci logo. Tive vários pesadelos que me fizeram acordar por volta das cinco da manhã com uma despersonalização horrível (me sentindo super estranha), percebi quando levantei para cuspir no banheiro, não me reconheci no espelho, parece que você, tristemente, perde a noção do corpo, é como se fôssemos perder o controle sobre ele a qualquer momento. HORRÍVEL! Seguido dessa sensação senti uma impotência e tristeza horrorosas, além da musculatura toda enrijecida. Chorei, chorei, repirei e chorei, fumei um cigarro, respirei, chorei, passou, dormi... Como tinha que levantar para trabalhar, acordei logo cedo e morrendo de sono, fui trabalhar e não sei dizer se o que eu tive foi um ataque de pânico ou uma crise de ansiedade ou um xilique de quem não tem o que fazer às quase 5h da manhã. Claro que não foi um xilique. Só de falar dessas coisas sinto sensações estranhas.
Hoje tenho consulta com a minha psiquiatra, vou relatar tudo. Mas direi que quero continuar, quero tentar desfazer estas crises sozinha, quero ser normal de novo! Quero e vou, nem que eu acorde todas as noites! Estou determinada a virar esta página da minha vida, agora é a hora de passar por isso. Deus vai me ajudar. Já está ajudando.

Até a próxima!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Continuando o desmame

Hoje estou me sentindo muito bem, porém um pouco acelerada. Fazia tempo que não ficava assim, eufórica. Sempre fui eufórica, acelerada, pensamento a mil, o que até me atrapalha ao escrever (neste momento), pois escrevo pensando no conteúdo da linha seguinte. Certa vez, um amigo me disse que eu tinha SPA, Síndrome do Pensamento Acelerado. Agora, acho que ele tem razão.
Mas estou muito bem, animada, melhor que ontem. Acho que aos poucos vou voltando ao que sempre fui. Hoje no meu trabalho tiveram dois momentos em que pensei "Xii, falei demais!". Sabe quando você está com a sinceridade disparada? É isso. É esse filtro de pensamentos e atitudes que eu nunca tive, ou tive pouco, ou tive muito quando me era conveniente. será que sou inconveniente? Sei lá, queria era reduzir esses "por quês" e "serás" que brotam compulsivamente. Acho que são eles quem expulsam minhas adoráveis serotoninas do cérebro.
Mas olha, resumindo, de ontem para hoje não tomei o Lexapro, dormi bem porém pouco, trabalhei durante todo o dia, treinei no meu horário de almoço, irei ao centro espírita agora à noite e não estou me sentindo cansada. Esta sou eu, a incansável. Vou deixá-la surgir à vontade, sem pressões, depois cuidamos deste traço da minha personalidade. Sei que terei que mudar, ser mais tranquila, centrada, equilibrada... Falar pausadamente, respirar, olhar devagar (as vezes sinto que meus olhos correm, como se eu pudesse olhar tudo ao mesmo tempo), filtrar as palavras...
Mas estou muito bem, mesmo assim! Confiante, acima de tudo.
Até as próximas!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desmame Lexapro

Como assim a primeira postagem de um blog para portadores de "incômodos psíquicos" é sobre desmame de medicamento? Pois é, este blog está aberto à discussões diversas sobre estes males tão comuns nos dias atuais, porém não seguirei uma linha no tempo e espaço sobre os fatos. Portanto, este texto será sobre o desmame do Lexapro.
O fato, vou contar bem rapidinho, foi que em julho/2010 tive a primeira crise de pânico e fui diagnosticada com a SP. Fiquei muito desesperada, fui em vários médicos, aquela história toda de que todos passam por clínicos, cardiologistas, neurologistas, até chegar nele: O psiquiatra.
Minha psiquiatra, um amor de pessoa, excelente profissional (Sem aquela cara de maluca que a maioria tem. É critério para ser psiquiatra?), não atendia pelo meu plano de saúde e cada visitinha minha custava R$200!! Ela ouviu todo o meu relato com calma, sem interrupções, anotou tudo numa folha de papel e disse que eu ficaria bem. Gostei da tranquilidade dela. Foi ela quem me receitou o Lexapro.
Na duas primeiras semanas eu fiquei péssima, com sintomas em dobro, mas 0,75 mg de alprazolam me dava o alívio que precisava. Até o final do primeiro mês fiquei sonolenta e um pouco "tranquilona" demais, comecei a gostar do remédio, pois já não tinha mais sintomas e isso era tudo o que eu queria. No meio do segundo mês eu ligava para todos os meus amigos íntimos e dizia que estava impressionada como o remédio era eficaz, estava me sentindo muito bem!
Mas como é caro o meu amigo Lexapro, R$130 (em média), tive que escolher entre ele e minha psiquiatra. Fiquei com ele e nunca mais apareci lá. Conseguia a receita, comprava, tomava e continuava ótima. E assim continuei durante 9 meses.
Desde janeiro/2011 que vinha pensando em procurar uma psiquiatra que atendesse pelo meu plano, para que eu pudesse de fato fazer o tratamento, não somente tomar o remédio. Mas só tomei esta atitude agora em abril, depois de me dar conta que nos últimos 4 meses engordei 5 quilinhos, gradativamente. Sublinho a palavra, porque engordar gradativamente dá medo de engordar para sempre. Sempre fui magra e 5 quilos ainda não me deixou gorda, mas não preciso deixar chegar a este ponto para tomar uma atitude.Marquei a consulta com a segunda psiquiatra.
Para a minha sorte, esta também aparentava ser normal (gente como a gente), ouviu calmamente tudo o que eu disse, mas discordou do diagnóstico. Segundo ela, os meus sintomas não eram de pânico, e sim de uma depressão causada por ansiedade em demasia com somatização, por isso os sintomas físicos (formigamentos, coração acelerado, tremores e etc). Agora lembrei que esqueci de dizer que eu tinha uma despersonalização horrível, parecia que eu sentia alma e corpo separadamente, num segundo sentia a alma, no outro o corpo, o que me dava a sensação de que estava enlouquecendo.
 Mas voltando à consulta, ela sugeriu que eu iniciasse o desmame do Lexapro, tomando um dia sim, no outro não. Fiquei com receio na hora, como ficaria sem ele? Mas ela explicou que iria observar este desmame, meu estado neste processo, e caso algum sintoma recorresse, de maneira que fosse insuportável continuar sem um antidepressivo, eu poderia decidir entre continuar com o Lexapro ou mudar para a Fluoxetina. (Parêntese) Toda vez que vejo este nome "Fluoxetina", lembro-me de uma amiga minha que tomou por conta própria, sem necessidade, só para experimentar e a chamava de "amiga flu flu". Ela dizia que a fluxetina a deixava "muito feliz". Segundo a nova doutora, a fluoxetina não vai me deixar gorda e o desmame dela é mais fácil que o Lexapro. Bati um papo com ela para averiguar seu nível intelectual, sentir se ela estava realmente segura de suas recomendações e aceitei o desafio.
Estou desmamando do Lexapro. Postarei aqui as novas etapas deste desafio.

Obs.: Também faço terapia, acupuntura e musculação.
Fiquem à vontade para comentar, desabafar, relatar... Este espaço é para trocas de experiências!